quarta-feira, 9 de abril de 2008

E sempre que Abril aqui passar… (III)

Só pela actualidade, vale a pena recordar a pena do Zé neste pequeno apontamento.
Se ele cá estivesse, duvido que glosasse este seu pequeno texto. Porque ele não ia em comédias. E é do que se trata.


O Anjo (José Martins, in Barca Nova, 19 de Fevereiro de 1982)


Era uma vez um Anjo, correia de transmissão do que de mais imbecil havia na corte. O Anjo foi feito porta-voz da corte.


Era uma vez um Anjo, correia de transmissão do que de mais parvo havia na corte. O Anjo foi feito conselheiro da corte.

Era uma vez um Anjo, correia de transmissão do que de mais tolo havia na corte. O Anjo foi feito estratego da corte.

Mas porque o Anjo só fazia rir como porta-voz da corte; só fazia rir como conselheiro da corte; só fazia rir como estratego da corte, razão tinha o Povo quando o Povo dizia: - o Anjo o que é, é o bobo da corte.

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