segunda-feira, 6 de abril de 2009

O “polvo” falha de novo

Quando o Provedor de Justiça os comparou aos “Vampiros” do Zeca, já eles faziam lembrar um polvo há muito tempo. Tem a ver com a maneira como exercem o poder. Não fora o caso de eles ainda não dominarem os tribunais e isto parecia-se verdadeiramente com o estado a que isto tinha chegado antes do “25 de Abril”, que este mês se comemora.
Depois da tentativa de acabarem com a “Festa do Avante!”, cuja intenção foi abortada pelo Tribunal de Contas, como aqui demos conta, foi a tentativa já executada de discriminação dos trabalhadores dos CTT que não fossem mansinhos e não lhes pusessem a sua própria situação nas suas mãos. Quer dizer, quem optasse por não defender os seus direitos teria umas regalias a mais, o que me parece ser um bombom envenenado, como é fácil de perceber.
Mas contemos a história: uma história de discriminação salarial, pois numa empresa todos os trabalhadores devem ser aumentados, no caso de haver aumentos. Não foi o que aconteceu nos CTT, onde só foram aumentados aqueles que assinaram o contrato individual de trabalho, subscrito por sindicatos minoritários. Mas há mais, que imaginação não lhes deve faltar. Ofereceram 400 euros a quem o assinasse ou a quem se inscrevesse no sindetelco, o que significa que aceitariam automaticamente o contrato individual de trabalho. O sindetelco, para quem não sabe, é um sindicato amarelo, pertencente à UGT e cuja finalidade não é, certamente, defender os trabalhadores. Resta acrescentar que houve alguns que aceitaram.
Agora diremos que o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa admitiu a providência cautelar interposta pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), por considerar ilegal a publicação oficial da caducidade do Acordo de Empresa de 2006. O Tribunal fixou que, nos termos da lei, quer os serviços competentes (o Ministério) quer os interessados (a administração dos CTT) estão impedidos de pôr em prática, ou continuar a pôr em prática a arbitrariedade em causa.
Outra das diferenças com o antes da data libertadora é que não será preciso outro “25”, pois ainda temos eleições, que estão já aí à porta. Mas que é preciso dar uma varridela, lá isso é, sob pena do polvo arranjar mais tentáculos.

2 comentários:

Ana Tapadas disse...

Beijinho

dona tela disse...

Apesar das circunstâncias vigentes, auguro-lhe uma Boa Páscoa.

Até breve.