segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A ponte


Augusto Alberto


 Luís e Alexandra são um casal real. De tão real, estão desempregados e com viagem da muito celebrada classe média, para viver debaixo da ponte, porque não tem dinheiro para a renda, nem para pagar o aluguer de um quartinho.   
Vidas simples. Visitam a farmácia como qualquer anónimo cidadão. Um xarope para a tosse, uns rebuçadinhos para a garganta. Gostam da senhora doutora. Uma mulher de meia-idade, um pouco abrasiva talvez, que gostava de dizer que este era o país, por poucas razões, das manifestações. Mas agora a senhora doutora colocou uma faixa preta a decretar o luto na sua farmácia e por força esteve na manifestação da sua classe, em Lisboa, porque a farmácia corre o risco de fechar.
   
Luís e Alexandra, com regularidade, ao domingo como o comum dos casais, combinavam um almoço no restaurante do bairro. Conversavam bastante com o dono. Um homem decidido e que também achava, tal como a senhora doutora da farmácia, que este país se perdia em manifestações. Por sorte, numa tarde molhada e desagradável, de regresso à ponte, conseguiram ver na tv a manifestação dos senhores da restauração, e por ironia, o senhor do restaurante estava lá e, pelos vistos, também molhou a sopa no automóvel do deputado da maioria, Duarte Pacheco.
Luís e Alexandra, talvez tenham sido tocados pelas opiniões da senhora doutora da farmácia e do senhor do restaurante e por isso, por ora, para além de dormirem debaixo da ponte, estão muito confusos. De todo o modo, tal como Luís e Alexandra, também a senhora doutora da farmácia e o senhor do restaurante, estão impiedosamente acossados, e por isso sentiram necessidade de pisarem as mesmas ruas que o pessoal do barro, da malha e do ferro. Que ironia!
Podem acreditar que melhores dias virão, evidentemente, porque o capitalismo, malgrado sofrer de doença estrutural e endémica, vai continuar a lançar cânticos de sucesso.
Contudo, saibam que os gadgets de última linha e os carrinhos de gama média, são só para alguns. Não duvidem, este país vai continuar a ser uma colossal misericórdia, instituição, aliás, onde Luís e Alexandra, vão em breve, buscar o prato com batatas e bacalhau mais duas rabanadas, para o aconchego da noite da consoada. Reposição das sopas dos pobres, da filosofia caritativa do tempo fascista, tão ao gosto do ministro Mota Soares, em quem o senhor do restaurante mais a doutora da farmácia, por ventura, votaram.

sábado, 27 de outubro de 2012

Pepe Mujica

O artista Fernando Campos já não exigia um presidente destes. Bastava-lhe, diz ele, um que fosse decente. Mas, por cá, é um bocadito impossível. Mas perante este discurso do presidente do Uruguay chega-se facilmente à conclusão que é muito difícil "eles", o capitalismo internacional, o imperialismo, lá porem a pata.
Vale a pena ouvir o discurso do presidente uruguaio na Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentado.
Apetece-me parafrasear alguém: "Eis um homem com quem eu iria para a selva".

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Anschluss


Augusto Alberto

No princípio foi o verbo e a seguir o anschluss. No dia 13 de Março de 1938 a Alemanha fascista anexa a Áustria. E no dia 1 de Setembro de 1939, entrou pela Polónia. Povos, culturas, estruturas, pontos de produção económica, aldeias, vilas e cidades, foram arrasadas. Berlim foi tomada, mas recompôs-se e volta a dar de si.
Hoje, apesar de exigir o pagamento da dívida grega aos seus bancos, recusa continuadamente cumprir o que foi decidido na conferência de Paris de 1946. Pagar à Grécia 7,1 mil milhões de dólares, a título de reparações de guerra. A Grécia tem inutilmente tentado cobrar essa dívida. Fê-lo em 1945, 1946, 1947, 1964, 1965, 1966, 1974, 1987 e, após a reunificação, em 1995.
E no dia 20 de Outubro do corrente ano de 2012, apesar das rábulas atoleimadas de António Seguro, Jardim Gonçalves, banqueiro meliante, igual a um qualquer bandido banqueiro alemão, fervoroso da opus dei, e obsceno reformado, veio dizer mais da necessidade de um novo anschluss, do que a mais refinada discussão ideológica. Disse o banqueiro meliante que uma solução politica que incluísse o Partido Social-Democrata e o Partido Socialista, seria melhor solução do que a actual, entre PSD e CDS/PP.
Porque o Partido Socialista tem uma maior base de apoio e detêm relações sindicais, que o CDS/PP não tem. Preto no branco, o banqueiro meliante, confirma a necessidade da anexação, pela desconstrução ideológica, resumindo a coisa a uma associação simples, entre os dois principais partidos do sistema, em que um, desempenha desgraçadamente o papel de fazer baixar, simultaneamente, o nível de discussão política e das tensões sociais. Jardim Gonçalves pretende com esta solução amarrar o Partido Socialista à sua vocação histórica de fazer retardar os movimentos sociais, anexando desse modo a luta de classes.
Se eu fosse militante ou votante do Partido Socialista, com renda do trabalho, modesta ou miserável, ficaria desconfiado da minha militância e votação, porque afinal, ficamos a saber que essa militância ou votação, servem em pleno um banqueiro meliante, cabotino, obsceno e condenado, com reforma de 170 mil euros mensais, mais secretária pessoal, motorista e avião particular. O banqueiro meliante, mais a democracia cristã, mais a social-democracia, ou o socialismo de rosto humano, só existem porque muitos dos militantes e eleitores ainda não perceberam que quando militam e votam, estão a dar votos a porcos.

Ai o meu Sporting!


Realmente não há nada que não aconteça ao Sporting CP. Agora, após um começo de época em que em 12 jogos ganharam 2, não é que o guarda-redes Rui Patrício ensaia uma carreira de humorista, o que, temo, o impedirá de se concentrar nos desígnios da equipa, se esta os tiver. Diz o guarda-redes, também da selecção: "A equipa está de parabéns". Acho que se foi um teste ao meu sentido de humor, fiquei aprovado. Consegui rir.
Mas prontos, isso interessa tanto como saber se o Relvas vai perder as licenciaturas que não tem, ou se Francisco Louçã vai ser ministro ou secretário de estado no próximo governo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Uma cartilha só


Augusto Alberto


A 13 de Abril de 1961, na tomada de posse de novo governo após remodelação, Salazar assumiu pessoalmente a pasta da defesa em substituição do desavindo e sedicioso general Botelho Moniz e deu ainda a pasta do Ultramar a Adriano Moreira, o resistente, que se tornou peça de culto da actual “democracia”. Disse aos seus ministros e ao País:  “para Angola rapidamente e em força”.
Confesso que não sei se o povo percebeu, de imediato e bem, o facto de Salazar decidir enviar para a guerra e para a morte, os filhos da nação. De todo o modo, não se duvida que o povo sonolento (tramontano e das berças) como a piolhosa elite lisboeta gostava de o tratar, demorou demasiado tempo a acordar. Num recanto da sala, misterioso, o Cardeal Cerejeira, que era a máscara, enquanto Salazar era a cara, agitou as mãos e deu o benzimento à decisão. 
Depois, decerto, suas excelências cumprimentaram-se e saíram, refortalecidos, porque o país, obediente, logo colocou a tropa a caminho. Como é sabido, esse caminho fez-se à custa do atraso, da rapina dos recursos naturais das colónias, sempre, pelas mesmas potências “amigas” e à custa de milhares de vidas arrasadas, Após o solilóquio, Salazar continuou por S. Bento e Cerejeira rumou à Sé ou ao passo episcopal, para continuar a zelar pelo Povo que lava no rio, em frente de uma casinha portuguesa, com certeza, em que basta um pouco, poucochinho p'ra alegrar uma existência singela...amor, pão e vinho e um caldo verde, verdinho…a fumegar na tigela.
Neste ano de 2012, creio que em Maio ou Junho, no Palácio que foi de Salazar e de Marcelo e após a revolução de todos os primeiros-ministros da “democracia”, incluindo o de hoje, Passos disse à Nação: “que emigrem os jovens e os operários na procura de melhor vida, porque o governo da Nação, ainda hoje, em tempo de paz, não sabe o que fazer com vocês”. E solidário, no amansar das aflições, em Fátima, o enfático Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, justamente no mesmo local em que Cerejeira gostava de assustar e catar almas, renovou a boçal mensagem pastoral.

O Povo deve obediência, sem discutir e mugir. Por isso, nada de tremedeiras e manifestações de praça ou rua. Na praça, só na de Fátima, para ouvir as indicações dos pastores da igreja, que indicarão o caminho estreito e lamacento por onde devem passear os carneiros de Cristo e da Nação.
Digam lá, honestamente, se sim ou não, ao cabo de tantos anos, esta gente, não é gentinha de uma cartilha só?

sábado, 20 de outubro de 2012

Das democracias


Augusto Alberto

Upa, upa, surpreendente ditadura. Na Venezuela, 81% dos eleitores inscritos foram às urnas exercer a cidadania. O “ditador” Chaves, foi reeleito com 55% dos votos expressos e o seu adversário, representante da grande burguesia económica e financeira, obteve 45%. A Venezuela está dividida ao meio, disse Washington, na tentativa de concertar a perna à rã, esquecendo que foi em Miami que foi dada a grande “bushada” ou chapelada, adiantando ainda, que é preciso respeitar os 45%. Of course!
E também na arejada democracia portuguesa e açoriana, o povo foi a votos. E o que ficou desse fresquíssimo acto de cidadania? Que os votos expressos nas urnas foram de 47.88%. A abstenção foi de 52.12%. Os votos brancos foram 3.21% e os nulos 1.29%. Tudo somado, 56.62% dos eleitores, apesar de viverem em democracia avançada e de consolidados progressos, perguntaram com propósito: - que merda de democracia é esta em que só temos direito a um rabo da totalidade do peixe?

Mas as eleições na Venezuela, adiantam ainda mais. Que as forças progressistas na América Latina jogam sempre o jogo democrático, poder-me-ão dizer, menos em Cuba, bem sei, bem sei, mas cuidado, porque por lá também há eleições, só não se elegem coirões, enquanto a direita trambiqueira, fascista ou “social –democrata”, que em regra clama pelo jogo democrático, logo que pressente que a balança está nivelada, dá um toque num dos pratos, fazendo-o seu, desnivela-os e a seguir corre com o cacete. Tomemos recentes exemplos. O derrube do presidente eleito, Manuel Zelaya, grande fazendeiro e liberal, nas Honduras. Há limites, fazendeiro! E no Paraguai, a retirada do poder ao presidente eleito, o padre Fernando Lugo. Ao que parece, Roma, como sempre, nos jogos de silêncio e traição, comporta-se como verdadeira mãe dos caciques.
Com espanto, percebemos, afinal, que a democracia, nas democracias parlamentares, pode ser uma treta, e que na pior das ditaduras, foi onde melhor se jogou o jogo da democracia parlamentar. Upa, upa, ditadura.
De todo o modo, eu que cumpro sempre o direito de cidadania, e sou escrupuloso respeitador do resultado final, sou dos que acreditam que há-de ser com a democracia parlamentar, que um dia, demorará com certeza, se haverá de explicar a história de uma derrota.
E também acredito, que à força de tanta areia atirada para os olhos, ela um dia vai faltar. Limpa a areia, olhemos, desde já, para o Partido Comunista da Boémia e Morávia, que se tornou na segunda força política no senado da República Checa, com 20.44% dos votos expressos na últimas eleições regionais, atrás de social-democratas, com 23.58%. Tenhamos bem presente que este é um resultado de um Partido Comunista, num país em que um poeta com casinha no Algarve, foi o demiurgo da cidadania e magia. Pelos vistos, hodiernamente, ainda há muita gente que não sabe o que é a democracia socialista, mas cedo aprendeu o que é a democracia parlamentar capitalista.
Upa, upa, democracia bolivariana. E arreda, quem do peixe, só dá o rabo.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

E há novas medidas de austeridade



Para além das medidas já anunciadas, sabemos que o primeiro-ministro vai anunciar brevemente, às 19:15h, novas medidas de austeridade. Em rigoroso exclusivo e porque o Imprensa Falsa sabe que o leitor tem mais que fazer a essa hora, anunciamos aqui as medidas:

1ª: Contribuintes começam a pagar mais 1% de IRS por cada letra do nome a partir das duas letras. Quem se chama Zé pode tirar o cavalinho da chuva porque o nome é José;

2ª: É criado o Imposto Sobre o Que Nos Escapou, que obriga ao pagamento de uma taxa de 15% sobre tudo o que o Governo não tributou através de outro imposto;

3.ª: Subsídio de Natal e de Férias são devolvidos, mas em contrapartida são cortados os outros 12 meses de ordenado;

4.ª: Pessoas que fazem desporto na rua devem pagar mensalidade porque utilizam a rua como ginásio;

5.ª: Quem fez piadas com o Relvas vai pagar mais 5% de IRS por cada piada;

6.ª: Quem fez piadas com o Álvaro pode descontar 1% de IRS por cada piada;

7.ª: Nativos de Gémeos pagam IMI a dobrar;

8.ª: Taxa do IVA leva uma volta e passa a ser 32%;

9.ª: Taxas moderadoras passam a ser cobradas pelo que podia ter acontecido, ou seja, o contribuinte que partiu um pé podia ter-se partido todo;

10.ª: Imposto Único Automóvel passa a ser aplicado a tudo o que tem rodas ou rodinhas, ou seja, mesas de jantar, carrinhos de mão, skates, bicicletas, patins em linha, electrodomésticos, malas de viagem, etc…

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Já basta de Pachecos!


Augusto Alberto


O deputado da maioria, Duarte Pacheco, heróico membro da elite lusitana, confessou, a contra gosto, evidentemente, que Portugal perdeu a sua soberania. Não sei o que manda a Constituição sobre traição à Pátria, mas decerto alguma coisa manda que se faça. Que se cace, então, o deputado, e se o mande à justiça por traição devaneia. E de seguida, que se não perca tempo e se junte no role todos os outros que também fizeram esse caminho. 

Para justificar o tempo atávico, remeto o leitor para o início do século XVIII, no sentido de se inteirar sobre o que diz o tratado de Methuen e perceber como a elite se comporta.
Na sequência da pobreza cavada pela cedência aos Filipes, diz genericamente o tratado que a Inglaterra, que por ironia já controlava produção e transporte, compraria preferencialmente vinhos a Portugal, e mandava-nos panos confeccionados. Contudo, o valor da importação de panos sempre foi superior ao valor da remessa dos vinhos. Essa prática cavou um deficit que foi suprido com o envio de ouro e pedras preciosas para Inglaterra, extraídas no Brasil. Em consequência, enterrou-se a industrialização incipiente, confirmou-se a vassalagem aos interesses britânicos e passamos a ser meros intermediários do ouro de Minas Gerais.
Perante a desgraça, a aristocracia mostrou a sua real apatia, que é a continuada marca de água da miserável elite. Desgraçadamente, ao cabo de mais trezentos anos, a actual elite, capitaneada pelo PS, desenhou nova capitulação, quando em 1986, sem consultar o Povo, solicitou a adesão à União Europeia.

E logo, do mesmo passo, não permitiu, também, que fosse ouvido sobre a adesão ao euro, nem sobre a aprovação da Constituição Europeia. Bem sei, mesmo que fosse consultado, o Povo diria que sim, porque a máquina de serviço, o empurraria, tolhido e convencido, para promessas de desenvolvimento e abundância, (carros uma gama acima e mais baratinhos, moradias em condomínio fechado, com piscina e jardim à frente, visitas às melhores capitais da Europa e múltiplos gadgets), mas na realidade, saiu afinal, pobreza e servidão. Na voragem dessas opções, repetidamente, sectores inteiros da economia e indústria nacional foram destruídos. A auto-suficiência alimentar foi eliminada. Portugal hoje importa 80% dos cereais que consome. Instituições científicas nacionais foram desmanteladas e o aparelho de Estado foi severamente abalado.
Para que a canga não fique mais cem anos, é preciso dizer que já basta de Pachecos. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Adriano partiu há 30 anos



O violino de Manuel Pires da Rocha e a guitarra e a voz de João Queiroz numa homenagem aos 70 anos de Adriano Correia de Oliveira, no Café Concerto do pavilhão da O.R. Lisboa, na última Festa do Avante, no passado mês de Setembro.
Os artistas irão apresentar o espectáculo no Tubo de Ensaio d'Artes, brevemente, mas ainda sem data marcada.

O "achismo" e o pipo em Elvas


Augusto Alberto


Só por sofisma e escrúpulos ideológicos não se tem dado a atenção merecida ao que dizem os comunistas. Desde logo, ao que dizem desde Novembro de 1975. Recomendo a consulta dos documentos das duas conferências económicas, sobretudo a primeira, organizada logo em 1977. Lá estão bem explicadas as razões que nos trouxeram ao descalabro.

Aliás, a elite surda e a fazerem-nos de parvos, houve um tempo em que quis decretar o fim da luta de classes e inclusive, fazer passar a ideia, ainda mais simples, de que não há esquerda nem direita. O que há, são uns rapazes que fazem assim e outros assado. Com estas aleivosias aqui chegamos e agora aportamos ao achismo, que é uma espécie de idiotismo elevado à categoria de expiação política.

Assim, Madame Lagarde acha que demasiada austeridade faz mal aos países em resgate. E António José Seguro, acha que precisamos de mais um ano para podermos por as contas em dia. O Presidente Cavaco também acha, vejam bem, que é preciso melhor equidade na austeridade, ainda que milhões de portugueses não tenham sido chamados a gastos excessivos. E por fim, o antigo Presidente Jorge Sampaio, nulidade em forma de renda de bilros, também acha que os três partidos do arco da governança, devem juntar esforços e vontades para renegociar as condições do empréstimo com a troika. É, sem dúvida, a idiotice elevada ainda à categoria de esperteza, que tem como única finalidade evitar a mudança.

Infelizmente, como nenhum destes virtuosos deu ouvidos a quem, a seu tempo, falou verdade, então, voltemos ao achismo. Porque eu também quero verdadeiramente achar alguma coisa. Que a estes artistas e outros que conhecemos de ginjeira, seja aplicado o suplício de Elvas. Recomendo, então, que se ponha em seu lugar o depósito de água do presídio militar, para que esta gente, por horas diárias, quer faça sol, chuva, frio ou vento, acarte, abaixo acima, pipos de água que, deitada na grande cisterna, se escapa sem fim. Seria um bom modo de sentirem na carne o cansaço físico e moral, que trouxeram a milhões de portugueses. Muitos, exauridos, acabam a expia-la no passo adiante, na loucura ou na demanda definitiva. O suicídio.

É que em boa verdade, se já não é fácil resistir à direita pura, mais duro se torna quando a essa direita, em linha com a elite atávica que cedeu à ocupação filipina e ao tratado de Methween, que nos custou anos de atraso, se soma toda a sorte de traidores, quer seja de rosto humano, ou simplesmente, social-democratas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eleições nos Açores: nada de novo, troika arrasa


Ultrapassando os 62% que as últimas sondagens apontavam a nível nacional, o PS, o PSD e o CDS-PP atingiram ontem, no arquipélago, a excelente marca de 87,63%., assim repartidos: 48,98 para o PS, 32,98% para o PSD e 5,67% para o CDS-PP.
Portanto, nada de stress, continua tudo na paz do "senhor".

Uma santa besta


O Cardeal patriarca além de fascistóide também é incoerente. É contra as manifestações, mas, quando calha, também as organiza.
Valha-nos que na Igreja Católica ainda há muita e muita gente decente e digna de respeito. O que não acontece no partido, ou nos partidos, de que "sua santidade" gosta. 
Aqui pode ver uma manif organizadinha por esta encarnação do Cerejeira.

domingo, 14 de outubro de 2012

Inédito: dois palop's na CAN


Angola vai ter a companhia de Cabo Verde na fase final do campeonato africano de futebol, torneio conhecido por Taça Africana das nações (CAN). 
Os "palancas negras", que perderam com o Zimbabwe por 3-1 e acabam de rectificar o resultado em Luanda ao vencerem por 2-0, conseguem o quinto apuramento consecutivo. 
A presença de Cabo Verde, a primeira, é histórica, pois foi conseguida com a eliminação dos Camarões, um dos mais fortes seleccionados africanos. Os cabo-verdeanos venceram no seu reduto por 2-0 e apuraram-se mercê de um derrota tangencial por 1-2 em Yaoundé. 
Moçambique falhou a tripla. Venceu Marrocos por 2-0 , mas em Rabat foi goleado por 0-4.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Acordai!


Em 1969, no crepúsculo do fascismo, tinha 20 anos, participei em Oeiras, terra onde vivia, num enorme comício promovido pela CDE, no âmbito da eleição de então. Recordo que no final, o povo cantou a canção heróica “Acordai!, de Fernando Lopes Graça, sob o poema militante de José Gomes Ferreira.
Desse comício guardo duas pequenas tarjas, que ficam para memória histórica, e o discurso de Tengarrinha e Helena Cidade Moura, na exigência de democracia e do fim da guerra colonial. Em 1974, no dia 25 de Fevereiro, cheguei da guerra, e a 25 de Abril, no Carmo e no Camões, cantou-se, “O Povo Unido jamais será vencido”, recuperando o grito de Santiago, na reacção à patada fascista lançada sobre o povo chileno, pelo império ianque. E no dia 15 de Setembro de 2012, ao cabo de 38 anos, estive na manifestação dos indignados. Depois fui a Lisboa à grande manifestação da Intersindical e, por último, desfilei, apesar de não estar desempregado, a favor do emprego. E de cada vez que saio à rua, dou comigo a perguntar como é possível que ao cabo de tantos trabalhos, tenhamos de voltar a cantar o poema heróico e o grito anti-fascista. Que enganos houve?

António José Seguro, se tivesse a minha idade, talvez tivesse estado, quem sabe, em Oeiras, porque à época a unidade era relativamente consensual, à volta de uma ideia genérica de democracia e do fim concreto da guerra, e nesse caso teria também cantado o poema heróico. Mas hoje, o poema que Seguro poderia ter cantado, terá de ser cantado no sentido, afinal, de o denunciar. E porquê? Porque Seguro, que não é imberbe, é só mais um canalha, daqueles que em momentos muito precisos, aparecem para confundir. Fala de uma revisão da lei eleitoral no sentido de procurar uma maior aproximação dos eleitos aos eleitores, mas esconde que foram exactamente “camaradas” seus, alguns dos melhores sucateiros da nossa democracia, com quem partilhou cama, mesa e roupa lavada, que afastaram os eleitores dos eleitos. Falo, logo à cabeça, de Mário Soares, o primeiro a rasurar Abril. Alegre, Barreto, Sócrates, Coelho, Vara, Penedos, Vital, Pina Moura, Campos e esse incapaz com jeito de beato, Guterres, e ainda muitos outros.
Por isso, a proposta de Seguro para redução de deputados, não é um momento de inspirada expiação, mas uma manobra de diversão e uma nova oportunista missa cantada, com vista a prosseguir a capitulação e do mesmo passo, cumprir o papel histórico socialista, de funcionar como tampão aos movimentos sociais e desse modo, tentar impedir o fim da calamitosa alternância, para que nada mude. A elite baldeia de novo o infame partido de Seguro, no sentido de baldear a democracia. Mas saibam estes socialistas, que um dia chegará a conta. Não duvidem.
Acordai homens que dormis a embalar a dor dos silêncios vis…


foto: alex campos

A luta continua. "Acordai!"


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"Asponas"


A língua portuguesa tem adquirido, e vai adquirindo através do tempo, uma outra dimensão com o processo evolutivo que sofre, seja no Brasil, em Angola, em Moçambique ou outro qualquer país onde a língua de Camões é falada.
Não só na literatura, onde a prosa de Luandino Vieira ou Guimarães Rosa, entre outros, é emblemática, mas também no chamado português corrente, enriquecendo-se constantemente com vocabulário novo.
Em Angola aparece-nos agora um novíssimo termo para designar a “classe profissional” conhecida pelo anglicismo “boys”. E em português retinto: ASPONA. Ou seja, “assessores de porra nenhuma”. Um contributo angolano, mais um, para a língua portuguesa.
Aqui, Reginaldo Silva explica melhor. 

A grande crise... só para alguns, ou seja, para os mesmos de sempre

Por isso não é geral, pelo que nos é dado ver. Ainda há quem compre carros novos "top de gama". Pelo menos há coerência, a comer do orçamento parecia mal votar contra ele. 
Aqui a notícia.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O cavalo do inglês


Augusto Alberto

De tanto cortar na ração, para poupar no dinheiro, o inglês matou o cavalo à fome, e quando deu por isso, disse: “logo agora, que te estavas a habituar.”
Mas se o cavalo do inglês morreu com fome, alguns cavalos na Grécia, bem pelo contrário. O actual secretário-geral do Partido Socialista Grego, Evangelos Venizelos, teve conhecimento em 2011 de uma lista com nomes de 1991 pessoas que têm dívidas monstruosas ao fisco grego, mas guardou-a…tal como uma outra, com os nomes de 36 políticos suspeitos de enriquecimento ilícito. Para não ser obrigado a actuar no período que em foi Ministro das Finanças, escudou-se na arenga do segredo bancário, e na necessidade de evitar fugas de capitais. O jornal grego Ethnos, cita ainda, que o documento inclui empresas de construção naval, nomes de homens de negócios judeus, outros homens e mulheres do mundo dos negócios e também um antigo dirigente do partido Nova Democracia, que está à frente do actual governo grego.

Venizelos e os restantes consiglieri do Pasok e da Nova democracia são gordos, e o “nosso” Paulo Portas, tem também no largo do Caldas cavalos gordos a quem o cheiro a tinta das notas faz relinchar.
A propósito, relinchemos com esta saborosa notícia: Foi aos molhos, que funcionários da sede nacional do CDS-PP, levaram nos últimos dias de Dezembro de 2004 para o balcão do BES, na Rua do Comércio, em Lisboa, um total de 1.060.250 euros, para depositar na conta do partido. Em apenas quatro dias, foram feitos 105 depósitos, todos em notas, de montantes sempre inferiores a 12.500 euros. Em paralelo, em Espanha, como a justiça democrática e burguesa sabe, que só a cavalo gordo tudo o que se lhe dá ao dente deve ser dado, e a cavalo magro só o chicote, no dia 18 de Setembro, a polícia informou que a entrada de dinheiro nas contas abertas pelo movimento 25-S, teve um papel decisivo na organização dos protestos contra a austeridade e o Governo. Um facto que, sustenta a polícia, pressupõe um possível crime de associação.
Pelos factos aqui assinalados, Jacinto Leite Capelo Rego, Abel Pinheiro e Portas, Venizelos e Mariano Rajoy, estão felizes porque têm cumprido com zelo, inteligência e rigor, o que se pede a um verdadeiro Consiglieri.
Eles sabem que não se deve desiludir um vero capo, a quem deverá ser evitada a morte como a do cavalo do inglês.

Marcha contra o Desemprego na Figueira da Foz

Os trabalhadores da UNITEFI, que estão neste  momento a atravessar graves dificuldades, com salários de vários meses em atraso, bem como subsídios de férias, recebem de forma emocionada a Marcha da CGTP-IN.
Um momento que marca indelevelmente a história desta Marcha contra o Desemprego.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Hasta siempre, comandante



Marcha contra o desemprego, hoje na Figueira da Foz

A Marcha contra o desemprego, - uma iniciativa da CGTP-IN, central sindical que ainda recentemente avançou com propostas e alternativas a estas políticas comprovadamente maléficas para os interesses nacionais, - passa hoje por Coimbra e Figueira da Foz.
O programa aqui.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Aqui, a reacção não passa


Hugo Chavez é o político da actualidade que mais eleições venceu. A reacção, nacional e internacional, já recorreu a vários estratagemas e golpes baixos para derrubar a revolução bolivariana. Sem resultados, diga-se. Desde golpes de estado, "democráticos" , a referendos no meio de um mandato e até a greves gerais que duraram várias semanas (??????), tudo foi tentado.
Os noticiários dizem-nos que ontem o resultado foi ainda melhor do que o esperado. Não creio, penso ter sido um pouco aquém, apesar da vitória claríssima das forças democráticas. 
E o que a comunicação social dominante não irá noticiar, aqui fica.


sábado, 6 de outubro de 2012

Um manto negro sobre Portugal


Augusto Alberto

 Gaspar não parece ter remorsos, pelos estragos causados, no afã de conseguir um numerário. Foi o que mostrou quando falou à nação. Gaspar e Passos andam por lugares trocados, longe dos meus e, por isso, não podem vir a saber da história que aqui vou contar.
Gaspar falou e um pouco depois, um cidadão, que eu vou tratar por António, entrou numa grande superfície da minha aldeia e esperou por alguém que lhe parecesse poder vir em seu socorro. Invento aqui, também, um nome para uma mulher real. Maria! António abordou Maria. António disse a Maria: “minha senhora, tenho muita fome, ajude-me”. Maria rodou, olhou António e ficou atónita. António renovou o seu pedido: “Tenho fome!” Maria cuidou-se e disse a António para a seguir. António seguiu-a e parou, porque Maria mandou. António esperou. Maria entrou na grande superfície a retalho. Maria encheu um saco com pão. Maria juntou 4 latas de atum. Juntou ainda uma lata de salsichas. Passou pela caixa. Contou a história à menina da máquina registadora. Maria pagou. Maria saiu e chamou António. António recebeu o quinhão de Maria. Maria chorou. António agradeceu, porque Maria lhe adiou a morte antes do tempo certo.
Não sei se António, nome inventado que dá corpo a uma história verdadeira, alguma vez viveu acima das suas possibilidades. Se viveu, deu um rotundo trambolhão, e sente a pior das lições. Que se pode ir directo à condição de faminto, equação complexa, sem dúvida, sem ter passado pela proletarização.
Também não sei se António, por ventura, acreditou em algum momento, nos contos de cavalheiros de colarinho branco, que o levaram a ser, um, entre os milhões inamovíveis, que pelo voto, alimentaram a alimária do bloco central, que lhe cantou patranhas social-democratas, liberais ou neo-liberais, de um mundo novo, repleto do supérfluo, que é a marca de ferro deste capitalismo fraudulento, canibal e terrorista. Nem sei se um dia António, disse: “não voto, vou para a praia”.
O que eu sei é que António vagueia pelas entradas das grandes superfícies, à procura de quem lhe adie a morte. Talvez um dia, de tão farto e sem esperança, acabe num mergulho, atirado do alto da ponte que liga as duas margens do rio da minha aldeia. Então este rio ficará também a saber que por causa de uns tipos que só conseguem ver o mundo segundo modelos matemáticos, que negam a vida, António resolveu rebentar com as entranhas na água que corre direita ao mar. E o rio da minha aldeia, mais uma vez, tingir-se-á de sangue. E o sangue mais uma vez, ficará encurralado num baixio, tal como em baixio está encurralado António.
O rio que banha a minha aldeia, não é cruel e reaccionário. Há um lugar, inclusive, onde é tido por Bazófias. Cruéis e reaccionárias são as universidades que ensinam estes modelos matemáticos, que, quando postos a caminho, acabam por trazer a morte antes do tempo certo. Na verdade, a elite lançou mais uma vez, um manto negro sobre Portugal.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Lá vai bandeira...



O facto de a bandeira ter sido hasteada ao contrário, - segundo os códigos militares significa que o local foi tomado pelo inimigo - está perfeitamente de acordo com o que se pode considerar de coerência por parte dos situacionistas e ocupacionistas, e perfeitamente condizente com o fim do feriado da restauração da independência – o 1º de Dezembro -. E perfeitamente de acordo, também, com a classe dirigente que elegemos.
Estamos, positivamente, a ser governados por filhos da puta que não têm a mínima noção de pátria, de povo, de país. A classe dirigente tem as suas contas bancárias a bom recato. o seu soldo, enquanto outros tomam conta do país.
Já não é de agora. As classes dirigentes deste povo sempre foram assim. Recorde-se que a Benguela, no século XVII, foi atribuído o nome de S. Filipe, em honra do “nosso bem amado rei” D. Filipe. E alguém ganhou com isso. E muito.
Pobre povo.
Mas exigir morte aos traidores será exigir muito?

Dramatismos há muitos


Ser trabalhador, em Portugal, é dramático. E, perguntarão vocês, e ser trabalhador e adepto do Sporting, o que será?
Mas nunca se está tão mal que não se possa estar pior. Daí a minha solidariedade aos trabalhadores portugueses sportinguistas que sejam adeptos do Partido “Socialista”. Coitados. 
cartoon daqui

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sicários


Augusto Alberto

É impressionante como tantos anos após a pinochetada, que celebrizou o grito de, “o Povo unido jamais será vencido”, a “democracia” tenha de o recuperar, em Santiago, Atenas, Roma, Lisboa ou em Madrid. Quem diria. Em Madrid, posicionada entre a multidão e a polícia, esteve a correspondente da nossa tv pública, Rosa Veloso, que relatou a acção da polícia como violentíssima. E também nos disse, ainda, que estava ali gente que deixou de ter dinheiro para pagar a escola, os transportes, para pagar o pão e a habitação. Ou simplesmente, não tem dinheiro nenhum e se vê forçada a viver na casa dos pais, que se vêem na contingência de repartir o salário ou a reforma com filhos e netos. Maria Antonieta, que acabou com o pescoço no cepo, aos que lhe pediam pão, estribada na arrogância, gritava-lhes, comam brioches. Em Madrid, usuários unidos, suportados pela monarquia constitucional, enviaram contra quem pedia pão, os sicários e o bastão.
Mas perguntemos, afinal, o que sucede em Madrid? Simplesmente o rescaldo de uma derrota. Eu vi fascistas e usurários, de picareta e marreta em punho a partir o muro de Berlim, enquanto em Moscovo, estiveram um palerma e um bêbado a abrir mão do património social e histórico que foi construído, com determinação e resistência. Pois agora aqui está o rescaldo e a factura. Os usurários comportam-se como um cavalo sem freio, que galopa feroz e vai deixando gente pelo chão e um rasto de vidas destruídas. Não querem saber que o cidadão tenha fome. Não querem celebrar o 11 de Setembro de 1973, para que se não lembre como desconstruíram a democracia. Mas celebram efusivamente a queda do muro, evidentemente, porque isso permitiu, também na Lusitânia, a alguns usurários, constituir uma engrenagem complicada, com centros em Belém, S. Bento e proeminentes escritórios de advogados, que se tornaram numa maravilhosa alcova de negócios, que tem por objectivo, por exemplo, dizer-nos que não passa de minudência a destruição do nosso aparelho produtivo ou os abusos no BPN. Nas PPP. Nos negócios do Tridente e do Arpão. No abate cortês dos sobreiros, que encheram os cofres do CDS/PP. No Freeport, que é usado por gente do mesmo oficio, para batalhas de alecrim e manjerona, com vista a marcar putativas diferenças, mas negando o desejo de que saiba afinal como se violou a lei. E poderem ainda cantar o abuso na “caixa”, de poder emprestar dinheiro, não para aplicar na actividade produtiva, mas para aplicar no jogo agiota da bolsa. À semelhança da monarquia vizinha, esta é deriva lusitana, perigosa sem dúvida, mas a quem falta, comparativamente e por agora, uma variável. Mas não se distraia.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A resposta necessária


Da besta a Nemcic, passando por Sá Pinto

Depois de uma outra besta ter vindo dar o espectáculo que deu, hoje, pelas 15h00 TMG, em que conseguiu palrar sem dizer nada de concreto, nem anunciar fosse o que fosse que ajudasse a resolver os problemas com que o país se debate, aparece-nos uma alternativa ao Sá Pinto, caso o Sporting continue assim a modos de não conseguir ganhar a ninguém. Vá lá, nem tudo são derrotas!!!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Duas das bestas



 A da direita ainda não sabe que o nazi-fascismo passou de moda e agora anda com tiques de dr. Mengele. A da esquerda deve ser um pouco mais estúpido.. Diz a ignóbil que “reduzir salários não é uma política, é uma urgência”. Ela ganha 225 mil, livres de impostos. Portanto, é mais que urgente.
Quase que me apetecia insultar-lhes as mãezinhas, mas coitadas das senhoras, não devem ter grande culpa. Mas, que diabo, solidário com elas também não me apetece, pois santinhas não serão. Para terem andado durante 9 meses com tamanhas bestas no ventre, sempre devem ter alguma culpa.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CGTP-IN: 42 anos ao lado dos trabalhadores


O "Aldeia Olímpica" saúda o 42º aniversário da central sindical, e, por extensão, todos os trabalhadores portugueses. Fundada em 1970, ainda durante a ditadura fascista, a CGTP-IN esteve, e está, sempre ao lado de quem trabalha. 
Conotada com o PCP, porque a corrente sindical comunista é, sem dúvida, e mal seria se assim não fosse, a maioritária, a CGTP-IN é, para além da única central sindical digna desse nome, a única, também, onde militam várias outras correntes. Será um dos factos que dói ao inimigo e a quem o serve. Pronto, acedo que a democracia é um conceito bastante complexo.
Atravessamos tempos difíceis, de luta, em que a CGTP e os seus sindicalistas não viram a cara, mas é sempre tempo, também, para um pouco de humor.